Mulher Palavra

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Mulher Palavra Artista de Si

Sobre

A AÇÃO LITERÁRIA

MULHER-PALAVRA, artista de si é uma ação literária aprovada no Edital Criação, Fruição e Difusão pela Lei Aldir Blanc de Pernambuco (Lei 14.017/2020) e que usou um perfil próprio nas redes sociais como espaço de interlocução criativa entre público e artista. No Instagram, Rafaela Valença publicou seus poemas – atravessados pela temática da mulher, que, artista de si, utiliza a palavra como ferramenta de autodeterminação no mundo – e, através desses posts, provocou uma interação com o público feminino pelas ferramentas da própria rede social. Tal sarau virtual de “narrativas de si” – ou roda virtual de mulheres – foi recontado em poesia e em bordado: a artista confeccionou uma “bricolage” ou hipertexto poético das narrativas registradas por essa vivência usando como suporte o bordado sobre tecido, a que chamou de “Nosso manto de renascimento”. O processo experimental de MULHER-PALAVRA ficará registrado permanentemente no Instagram. O relato da experiência artística, poemas de Rafaela (estes que foram o ponto de partida de toda a jornada literária), bem como o registro do grande bordado  poderão ser acessados gratuitamente neste website.

LINGUAGENS E SENTIDOS

MULHER-PALAVRA, assim, convocou uma transversalidade de expressões artísticas (literatura e bordado) e utilizou rede social e website tanto como suportes para divulgação e fruição dos produtos artísticos quanto como ambientes de escuta e leitura de falas femininas. Rafaela se empenhou no processo de escuta/leitura qualificada das narrativas das mulheres – o que por si só já funcionou terapeuticamente como resgate de memória, acolhimento, superação de traumas e afirmação de identidade. Após devida autorização de uso das falas envolvidas, as múltiplas “palavras-mulher” foram bordadas pela artista no  “Nosso manto de renascimento”, em linha vermelha. O vermelho do fio remete à menstruação, fenômeno que atravessa a existência (da maioria) das mulheres, e o grande tecido remete ao contexto sociocultural em que nós estamos inseridas – que tanto nos limita e interdita, mas que está sendo historicamente transformado por nossas mãos, afetos e autodeterminação.

Registrar nossos desejos e dores é dar espaço à visibilização de nossas existências e nossas ontologias. Escutar umas às outras é ato político. Transformar nossas histórias em poesia é fazer artístico criador de novas realidades, é fazer valer o protagonismo feminino. Bordar essa arte e torná-la disponível à fruição coletiva é a nossa cura.

Agradecimentos

Gostaria de agradecer nominalmente às mulheres que interagiram e permitiram o uso de suas contribuições no processo artístico para registro em bordado sobre tecido:

 

Amanda Senna

Laura de Oliveira Neis

Carol Senna

Livia Braga Teixeira

Gabriela Monteiro

Carolina Medeiros

Fernanda Miranda

Carmen Angélica Costa

Cidinha Oliveira

Lua Cezimbra

Vanessa Krauskopf

Juliana Valença

Maria Gorete Pinheiro Dantas

Gislene Macedo

Maria Morena

Márcia Baja

Fátima Branquinho

Geane Porto

Fernanda Rosa

Janaína Araújo

Mariana Wartchow